É assim que olho as estrelas do firmamento nesta noite em que o luar não passa de pontos brilhantes no infinito pano negro do céu. Mas nem isso me acalma, pelo contrário, fico mais interrogativo num emaranhado de questões e cansaço. Parece que de repente acordei e voilá! apareci aqui na Terra, vindo do nada! E agora vou vivendo! E nem sequer me entregaram um manual de instruções. Que indignação! Vejo toda a gente a andar para a frente e eu ainda não saio do sítio! Precisamente porque não sei! Não sei quem sou eu, nem donde vim, nem para onde vou, nem qual é a minha função no meio de isto tudo. E por entre esta retórica toda, vem ao de cima a minha instabilidade e a minha falta de segurança. Será que devo? Será que posso? Mas também, não paro de tentar encontrar respostas! Parar é morrer e antes de querer chegar ao patamar da morte ainda quero pelo menos tentar perceber o patamar da vida. Pelo menos tentar… desfruta-lo, se for possível.
Senhor criador do universo, será possível?
…
Ficam os pontos brilhantes no infinito pano negro do céu como resposta.